Krishnacore, Quando a Retidão Alcança o Supremo

Vijaya Gauranga Dasa

Krishnacore é um termo muito amplo que tenta definir um fenômeno de bandas hardcore/punk cujos membros praticam a consciência de Krishna em suas vidas e ensinam a filosofia para o benefício de outros através de sua música, letras e outros meios. Muitas bandas de todos os gêneros musicais fazem isso desde os anos 70, incluindo grupos de rock, reggae, hip-hop/rap e dance, então alguém talvez pergunte o que há de tão especial nas bandas de hardcore fazerem isso a ponto de receberem o título “Krishnacore”?

Por que Consciência de Krishna e Punk/Hardcore?

Uma razão é que o fenômeno surgiu mais especificamente de um ramo dentro da cena hardcore conhecido como Straight-edge. Straight-edge foi algo que também surgiu acidentalmente quando a banda da capital estadunidense Minor Threat expôs uma filosofia e um estilo de vida livre de dependência química e sexo promíscuo a fim de poder pensar livremente e viver sem vícios que, em última instância, nos destroem. Quando a música de nome Straight-edge foi composta por Ian MacKaye no começo dos anos 80, era apenas uma filosofia pessoal, que posteriormente se tornou um gênero de música, moda e estilo de vida, algumas vezes em detrimento do significado original de “straight-edge”, que pode ser traduzido como “retidão extrema”. Usavam um xis pintado de preto atrás da mão para mostrar seu devotamento à causa, mas, infelizmente, algumas pessoas se tornaram por vezes violentas contra pessoas que não seguiam suas regras. Apesar das falhas da cultura, muitas pessoas viram sentido em viver sem drogas e se desdobrou isso na lógica de viver sem outros vícios, como consumo de carne e sexo casual.

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Earth Crisis, famosa banda Straight-edge, com o característico xis atrás da mão.

Quando o Straight-edge e hardcore revelaram seguidores interessados em seguir regulações em suas vidas, tal audiência tornou-se propícia à mensagem de espiritualidade que foi fortemente introduzida quando Ray Cappo, da banda Youth of Today, aderiu ao estilo de vida da consciência de Krishna por volta dos anos 80, o que moldou a mensagem na letra de suas músicas muito fortemente. Depois que a banda se desfez, não demorou até Ray, que logo seria iniciado como Raghunatha Dasa, formasse sua banda Shelter e começasse a gravar discos e viajar pelo mundo todo.

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Ray Cappo, líder da banda Shelter.

Muitos seguidores do estilo de vida Straight-edge se sentiram atraídos pelos princípios e pela filosofia do movimento Hare Krishna, e a espiritualidade se tornou o próximo passo a ser dado no autoaprimoramento depois da renúncia ao álcool e outras drogas, à carne e outros produtos animais, e algumas vezes ao sexo fora do casamento ou pelo menos às relações sexuais fora de um relacionamento estabelecido. Já estarem acostumados a dizer não a muitos “prazeres da carne” facilitou apreciarem e praticarem os quatro princípios reguladores dos Vedas, a saber, não comer carne, não se intoxicar, não fazer sexo ilícito e não jogar. Em vez do salto quântico necessário à maioria das pessoas tragadas em hábitos grosseiramente materialistas, muitos desses jovens julgaram agradável abandoná-los pela satisfação superior das práticas espirituais, tais como a meditação mântrica e outros serviços devocionais.

A Influência do Krishnacore

No começo dos anos 90, muitas pessoas da cena hardcore/punk estavam frequentando os templos de Krishna e se interessando seriamente, e os templos no Brooklyn, Philadelphia e Washington se tornaram a própria casa de bandas como Shelter e 108, cuja música era parte do programa do templo para atrair novas pessoas. Durante a década de 90, o Krishnacore ganhou rápido e considerável terreno dentro da música hardcore, tanto para o prazer como desdém dos seguidores do hardcore. Em uma cultura quase exclusivamente ateísta e, ironicamente, bastante materialista apesar de se dizer rebelde às normas da sociedade de consumismo, a espiritualidade e a genuína consciência de Deus encontraram seu espaço e influenciaram muitas pessoas.

Apesar de bandas como Shelter não terem sido as primeiras, sendo produto da inspiração de grupos anteriores, como Antidote e a banda nova-iorquina Cro-Mags, nos anos 80, certamente foram pioneiras no que diz respeito a difundirem a mensagem muito ampla e audaciosamente.

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“The Age of Quarrel”, primeiro álbum da banda Cro-Mags.

Embora os integrantes da banda Cro-Mags fossem conhecidos como devotos Hare Krishna, o aspecto espiritual era mais encoberto do que em seus sucessores Shelter e 108, que colocaram os ensinamentos védicos em poucas palavras e efetivamente os transmitiram a uma audiência específica. Isso foi feito cantando músicas com referência direta a essa filosofia, falando no palco acerca dessa cultura, incluindo entrevistas e citações no encarte dos discos e falando abertamente à mídia tanto dentro da cena musical alternativa quanto na grande mídia.

Breve Cronologia

Devido à influência de um punk que se tornara devoto, Larry Puglisi, a consciência de Krishna encontrou espaço na cena hardcore de Nova Iorque nos meados de 1980. Puglisi estabeleceu uma casa próximo ao norte de Nova Jersey para que vivessem correligionários seus e custeou comida, fez campanhas para arrecadação de roupas de frio e organizou shows para o comparecimento dos punks e skinheads no violento Lower East Side de Nova Iorque. Alguns dos primeiros devotos que ele influenciou foram John Joseph e Harley Flanagan, da banda Cro-Mags.

Perto do fim de 1980, o começo da revolução Krishnacore de fato começou a manifestar-se. Em 1989, o fanzine americano de música alternativa Maximumrocknroll publicou em sua capa o Ray Cappo/Raghunatha Dasa do Shelter em sua capa com o título “Ray Cappo e os Krishnas”.

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Ray Cappo na capa do fanzine Maximumrocknroll.

Ray era uma das principais figuras na cena hardcore no final dos anos 80 com sua banda Straight-edge de nome Youth of Today. A entrevista no interior do fanzine era uma forte crítica à aproximação de Ray com a espiritualidade indiana por parte do fundador da revista, o notório ateísta Tim Yohannan. Apesar de seus esforços por descreditar a consciência de Krishna, Ray se saiu bem com sua qualidade da humildade, em consequência do que foi publicado em seguida um artigo sarcástico tentando atacar ainda mais a religião com acusações de ser um culto de lavagem cerebral. Não obstante muito influentes entre os jovens rebeldes da América, não puderam estorvar a fascinação de alguns com a cultura védica, que até então permanecera um mistério sem fácil acesso para eles. Norm Arenas, criador do zine “Anti-Matter”, disse que, apesar do artigo e da negatividade nele, sentiu-se atraído e gradualmente se convenceu a adotar o processo da consciência de Krishna e posteriormente compartilhou um pouco do conhecimento através de sua zine e também tocando com algumas das bandas.

Ray Cappo demonstrara interesse por espiritualidade perto do fim do Youth of Today e, depois que a banda acabou, lançou um EP com o guitarista Porcell, o que deixou tudo ainda mais evidente. Veio, então, o Shelter em sua forma seminal. A banda, liderada por Ray, gradualmente ganhou respeito após lançar dois EPs e o primeiro álbum, “Perfection of Desire”, que Ray escreveu em uma semana no sótão de sua mãe!

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“Perfection of Desire”, primeiro álbum da banda Shelter.

Eles gravaram mais álbuns e consagraram seu estilo único ao fundirem hardcore melódico com letras de profunda inspiração espiritual. Enquanto em turnê com o Inside Out, o guitarrista Vic De Cara foi fortemente influenciado pelo interesse de Ray pela espiritualidade e posteriormente juntou-se ao Shelter quando o Inside Out acabou (seu vocalista, Zack De La Rocha, posteriormente formou a famosa banda Rage Against the Machine). No templo da Philadelphia, deram início ao selo de gravação Equal Vision, que lançou tanto álbuns de Krishnacore quanto de música devocional tradicional. Ray vendera seu outro selo Revelation Records, que fora um grande sucesso, e posteriormente vendeu Equal Vision também, que passou a lançar principalmente hardcore não devocional apesar de manter o nome e o logo ético e com a imagem de Krishna.

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Equal Vision, um dos selos de gravação de Ray Cappo.

Posteriormente, devido a diferenças pessoais entre Vic e Ray, Vic formou sua própria banda, chamada 108, que excursionou muito amplamente e ganhou muitos seguidores nos meados dos anos 90.

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Integrantes da banda 108 chegando ao templo Hare Krishna do Rio de Janeiro, no ano de 2008.

Enquanto em turnê, influenciaram, entre outros, os membros da banda Straight-edge informal Concerned a se tornarem devotos de Krishna, os quais, à época, não eram nem maiores de idade. A banda deles se chamou Prema, e, embora sua carreira no Krishnacore tenha sido breve, com apenas o primeiro álbum Pebble sendo relevante para o subgênero, deixaram uma marca indelével.

Talvez outra entre as bandas mais amadas tenha sido Worlds Collide. Naturais de Washington, tinham um som pesado e uma mensagem forte e de óbvia influência da consciência de Krishna. Ganharam um grande número de fãs e lançaram um EP e dois álbuns, “Pain is Temporary” e “All Hope Abandon”, bem como um álbum ao vivo. Depois que a banda acabou, o baterista Zack foi cantar em outra banda, a Soul Cries, que gravou um álbum que, até onde se sabe, não foi lançado.

Uma das bandas de Ray Cappo em seu selo Equal Vision foi Refuse to Fall, uma banda de hardcore melódico que gravou o EP Soul Fire com o selo e, posteriormente, lançou o álbum Grey em outro selo. Ficaram juntos por cerca de meia década, embora o interesse pela consciência de Krishna tenha diminuído gradualmente.

A banda sueca Abhinanda difundiu os ensinamentos védicos por meio de sua banda, cujo som assemelhava-se ao som mais emocore de Youth of Today, e fizeram turnê pela Europa com o 108 nos meados dos anos 90. Eles gravaram dois álbuns antes de se afastarem da busca espiritual e desfizeram a banda naquela década. Na Alemanha, houve a Veil, que lançou dois álbuns e dois EPs, e, na Argentina, houve a Bhakti, cujos alguns dos membros posteriormente formaram a Enquirer. Na Itália, houve a vigorosa Govinda Hardcore Project e a menos conhecida Dharma, enquanto na Eslovênia houve a influente Request Denied, cujo nome é uma canção do 108. Na América do Sul, a banda Sudarshana foi formada e tinha um som rápido e melódico como o do Shelter, embora, posteriormente, tenham assumido um som mais comercial e pop e se tornado bastante mainstream. Houve ainda numerosas outras bandas também em vários cantos do mundo, as quais o leitor pode conhecer gradualmente.

Keith Burkhardt, da banda de hardcore dos anos 80 Cause for Alarm, reformou a banda em 1995, extinta a quase dez anos, desde 1986. Sua prática devocional bem séria influenciou as canções. Keith foi inspirado pelo vocalista da Cro-Mags, John Joseph, e isso transpareceu mesmo em suas primeiras canções com a banda, embora somente após a reforma isso tenha sido muito claramente expresso. Posteriormente, voltou-se mais para o budismo. Em certo estágio, a banda de hardcore nova-iorquina Terror Zone revelou bastante influência da consciência de Krishna, o que foi bastante único considerando o quanto eram uma banda pessimista e violenta. O álbum “Self Realization: A Lesson in True Hardcore” mostrou isso.

Enquanto isso, o vocalista da Cro-Mags, John Joseph, formava sua banda Both Worlds, incorporando mais da influência metal porém retendo o tema da consciência de Krishna de sua banda anterior. Também na República Tcheca, a banda Kashmir 9:41 foi formada por seguidores de Harikesha Swami, a qual tendeu a um som metal/industrial, experimentando muito da nova tecnologia multimídia da época.

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Banda Kashmir 9:41.

Quando a vocalista Sri se mudou da Austrália para Nova Iorque para ficar perto de Ray Cappo, formou sua própria banda, de nome Baby Gopal, com membros da cena hardcore local. O som deles se revelou muito mais pop, e a mensagem mais sutil, e gravaram apenas um álbum. Posteriormente, Sri tocou guitarra no Shelter, depois que o Porcell deixara a banda.

Embora o gênero tenha perdido muitos fãs nos Estados Unidos com o fim do 108 e outras bandas, continuou a crescer em outras partes do mundo com bandas como a Seekers of the Truth, da França; Agni-Hotra, da Polônia, e outras bandas de locais como América do Sul e Europa Oriental. Em 1998, a Omkara, da Polônia, foi formada. Com dois vocais, um masculino e um feminino, a banda cantava em polonês e inglês. Tocaram em festivais e foram uma das atrações no Woodstock polonês, além de terem tocado com o Shelter

Uma banda que fez parte do que poderíamos chamar de o renascimento do Krishnacore, començando do início e meados da década de 90, foi o Run Devil Run, formada por volta do começo do século XXI. Liderada por Don Foose, anteriormente da Spudmonsters, mostraram-se bastante parecidos com as bandas clássicas da década de 80, como Agnostic Front e Cro-Mags, o que não foi motivo de surpresas uma vez que foram influenciados principalmente pelo mesmo fortão da cena, John Joseph, e suas bandas. Tocaram nos Estados Unidos e excursionaram pela Europa duas vezes em 1999, tocando no gigantesco festival Dynamo, na Holanda. Gravaram dois álbuns e, por volta de 2002, encerraram suas atividades.

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Capa do álbum Sinking Deeper, da Run Devil Run, seu segundo e último álbum, lançado em 2000.

O novo milênio viu o ex-guitarrista do Shelter, John Porcelly, muito conhecido no meio hardcore como “Porcell”, formar sua própria banda de Krisnacore chamada Never Surrender, trocando a guitarra pelo microfone. Sua decepção com o caminho do Shelter, que ele considerava estar perdendo o foco no aspecto espiritual, fez com que deixasse a velha banda e desse início ao seu próprio projeto. Sempre pioneiro no movimento, com sua zine e website War on Illusion, seu forte foco frequentemente causou mal-estar em uma cena muito frequentemente cética em relação a qualquer coisa remotamente religiosa. Sua zine foi apenas uma entre várias que contribuíram para a difusão da mensagem consciente de Krishna entre os punks e fãs de hardcore. Outros zines populares foram Anti-Matter, The Enquirer, Krsna Grrrl e Reflections, cujas histórias não cabe no escopo deste artigo.

Outras bandas aparecem no séxulo XXI, mostrando que o interesse pela consciência de Krishna dentro da cena hardcore continua.

Outros Subgêneros

Assim como Krishnacore foi um subgênero da cena hardcore principal, houve também outros ramos que lidaram com questões similares, por vezes se cruzando, por vezes se rechaçando.

Uma das primeiras subculturas dentro do hardcore foi o Straight-edge, que teve também várias ramificações, variando em extremidade o princípio geral de “sem vícios”. Hardline foi um movimento promovido por bandas americanas como Vegan Reich e Raid, cujo selo de nome hardline lançou suas gravações. Através de letras e outros escritos, estabeleceram uma filosofia bastante extrema de não-violência. Não apenas se opunham a drogas e ao consumo de carne e leite, mas também ao aborto. Isso foi algo sem precedentes em uma cena de muito pseudoliberalismo e postura politicamente correta, e eles conseguiram mais do que alguns olhos arregalados e polarizaram mais sua audiência em “conosco” e “contra nós”. A opinião prevalescente à época era que, embora o veganismo parecesse um passo lógico devido aos horrores das fazendas-fábricas, aparentemente impor sua visão de que uma mulher não pudesse abortar seu feto foi visto como algo opressor. Carentes tanto de conhecimento espiritual superior quanto de conhecimento científico verdadeiro sobre a posição da entidade viva no ventre, os fetos eram ignorantemente considerados algo inerte, apesar de estarem crescendo e se desenvolvendo, e, portanto, não era um crime simplesmente “remover o tecido” que era indesejado em determinada situação. A visão da vida como algo sagrado, quer em um conceito inteiramente desenvolvido ou não, levou uma perspectiva completamente diferente sobre a questão, e muitas pessoas condenaram o aborto junto do abuso dos animais e da exploração das indústrias do álcool e do tabaco.

Uma banda muito influente nisso foi a Earth Crisis. Ganhando muitos seguidores nos Estados Unidos e outras partes do mundo, não foram exatamente parte do movimento Hardline, mas propuseram visões similares em sua postura contra o sofrimento alheio. Veganos, adeptos dos valores Straight-edge e pró-ativos na conscientização de questões ambientais, não difundiam espiritualidade, mas instruções morais para melhora da situação do mundo, acompanhadas de um som metal afiado popular no novo milênio.

Outro gênero é a abordagem mais política, que, embora comum desde o começo do punk e hardcore, recebeu mais credibilidade devido a bandas mais inteligentes, como Propagandhi e similares. Colocando-se contra atrocidades do governo e de corporações, porém com um toque pessoal e por vezes bem-humorado, tentam ocasionar uma mudança apontando as grandes anomalias de nossa civilização moderna.

Sem denegrir os sinceros esforços de outros neste planeta caótico, é válido dizer que, sem criarmos uma situação de harmonia primeiramente em nossa vida, como podemos ser exitosos em expandir a paz que desejamos dentro do ambiente imediato em que estamos incluídos e, em última instância, para o mundo em geral? Compreendendo isso, muitas bandas e pessoas continuam promovendo o aspecto espiritual de nossa existência como a solução derradeira dos problemas.

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3 Respostas

  1. camila santos

    Muito bacana esse texto, tinha bandas que nem sabia que eram devotos.

    15 de julho de 2015 às 2:43 PM

  2. Alexandre

    Que belo texto !!!! Gostei muito !!!

    21 de março de 2017 às 10:38 AM

  3. Anônimo

    Gostei muito! Mais textos assim seria legal.

    29 de junho de 2017 às 9:28 PM

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