Como Amar as Crianças

29 I(artigo - educação) Como Amar as Crianças (dia 10, dia das crianças) (bg) (730)Urmila Devi Dasi

Como podemos ser, na vida de uma criança, representantes do amor de Krishna?

Crianças precisam de muito amor. Ame suas crianças, e, então, ame-as ainda mais. É dito que toda grande personalidade teve uma mãe que lhe deu muito amor.

Frequentemente ouvimos esse tipo de glorificação ao amor. Contudo, o que realmente significa “amor”? O estereótipo de um pai ou de uma mãe com um rosto sorridente e segurando uma criança com grande cuidado não é uma retratação completa do amor parental. Judith Viorst, escrevendo em Newsweek, diz: “Não me foi preciso muito tempo para aprender que paciente, meiga, amorosa, serena e empática não eram sempre opções para a mãe de três garotos fisicamente intensos”.

Alguns adultos estragam ou arruínam crianças através do que parece ser uma abundância de amor. E alguns adultos são ásperos, até mesmo cruéis, em nome de amor.

Talvez o dicionário nos ajude a entender o verdadeiro amor. A primeira definição do Webster para amor é “uma forte afeição pelo outro que surge pelo parentesco”. Em outras palavras, existe em nós a tendência a amarmos nossa família e nossos parentes. Embora esse amor seja natural para almas materialmente condicionadas, almas corporificadas, ele é imperfeito por duas razões. Primeiro, baseia-se apenas no corpo; segundo, baseia-se apenas em corpos relacionados ao nosso, em virtude do que não é nada além de egoísmo extendido. Quando nosso amor pelas crianças repousa apenas em uma plataforma material, a plataforma egoísta, nós inevitavelmente agiremos de maneiras que sintamos ser o melhor para nós, e não necessariamente para os nossos filhos. Esse amor é certamente inadequado a aspirantes à elevação espiritual.

O Webster também define o amor como “apego afetuoso, entusiasmo ou devoção”. Embora “devoção”, aqui, pudesse indicar o sentido de servir o outro abnegadamente, também invoca a imagem de uma mãe idólatra que sufoca seu filho com tanto cuidado entusiástico que a criança nunca cresce de verdade.

A definição mais aplicável do Webster é “preocupação leal, benevolente e abnegada pelo bem do outro”. O exemplo do dicionário é o amor de Deus pelo homem. Se aceitarmos isso como uma boa definição de um amor genuíno, podemos perguntar, então: “Como Krishna ama Seus filhos, todos os seres vivos? E, a partir do exemplo de Krishna, o que podemos aprender sobre a melhor maneira de amar nossos próprios filhos?”.

Krishna fica com Seus filhos e cuida de todos eles, tanto os obedientes quanto os ofensivos. Ele reciproca perfeitamente com os desejos e as inclinações de cada alma. Se Lhe estivermos completamente devotados, Ele Se apresentará na forma e no relacionamento que desejemos. Se desejarmos ser um senhor independente, Ele nos dará a oportunidade de sermos um Brahma, o soberano de um universo material.

Krishna conhece cada um de nós inteiramente e dirige nossas andanças de vida em vida, permitindo que experimentemos sofrimentos e frustrações suficientes para, por fim, voltarmo-nos a Ele. Ele também arranja tudo de modo que todos os seres humanos tenham acesso às escrituras e às pessoas santas. Ele até mesmo vem pessoalmente para ensinar o caminho mais benéfico.

Para seguir o exemplo do Senhor quando lidamos com as crianças, podemos demonstrar amor guiando-as para o melhor curso de ação e na melhor mentalidade. Também podemos estabelecer o melhor exemplo. Até certo limite, podemos educar nossas crianças permitindo que experimentem as consequências naturais de suas ações e de seus desejos. Ou, melhor, podemos ajudá-las a aprender sem a experiência direta. Sempre que uma criança demonstre o desejo de agir para agradar Krishna e o desejo de seguir as escrituras, podemos encorajá-la e auxiliá-la.

O que é verdadeiramente bom para uma criança é o mesmo que é verdadeiramente bom para todos os seres: compreender de maneira real e vivenciada sua natureza como um ser espiritual, diferente do corpo material, e servir Krishna em vez de servir o mundo temporário. Quando treinamos uma criança em semelhante vida, representamos o amor de Krishna.

E quanto aos pequenos e doces gestos de afeição que adultos materialmente iludidos demonstram por seus filhos? Aqueles de orientação espiritual os rejeitam tomando-os como mero apego, mero condicionamento? De modo algum. Olhando novamente para o exemplo de Krishna, podemos ver que, quando Ele demonstra Seu amor por nós de pequenas maneiras, nós naturalmente nos sentimos gratos e compreendemos que Ele Se importa conosco integralmente. De modo similar, os abraços, sorrisos, presentinhos, palavras gentis e tempo investido brincando juntos mostram aos nossos filhos um importar-se profundo e pessoal – um amor completo.

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