O que Mais me Atrai em Krishna É…

O Todo-Atrativo na vivência de Seus devotos brasileiros.

“Krishna é o manancial de todas as coisas”.

O que mais me atrai em Krishna é tudo! Sim, tudo está em Krishna e Krishna é tudo, e, ainda assim, Ele é mais. Krishna é o manancial de todas as coisas, de todos nós e de todas as qualidades. Qualquer coisa que achemos atraente devemos saber que é uma minúscula faísca da glória infinita de Krishna. Por isso, Seu nome é Krishna, “o todo-atraente”, “o infinitamente belo”! Então, abro os olhos em espanto ao ouvir sobre as atividades nectáreas de Krishna, sabendo que minha mente materialmente absorta pode apenas imaginar o que espera aqueles que adentram o mistério do amor íntimo e pessoal a Krishna. Desenvolvi assim uma ganância infantil, prepotente até, de querer isso para mim, mesmo sabendo das minhas muitas limitações e apegos materiais. Desde então, minha mente fica criando rápidos vislumbres da doce interação amorosa em Vrindavana, atraindo-me cada vez mais a essa realidade, mostrando-me como se pode desenrolar uma eternidade sem tempo, de infinita doçura com Krishna. E quando recobro meu juízo e percebo meu real estado imerso na vida material, então me conforto sabendo que Krishna está em tudo e todos, sempre presente, mesmo aqui.

(Giridhari Dasa, 45 anos, Alto Paraíso, GO)

“Ele nunca desiste de nós em nenhum momento”.

O que mais me atrai em Krishna é, sem sombra de dúvidas, o amor de Krishna por nós. Por tanto amor, Krishna sempre Se manifesta em nossas vidas, das maneiras mais inusitadas possíveis, muitas vezes mesmo em situações controversas. Por vezes, eu tinha dúvidas e, de repente, eu parava alguém enquanto estava fazendo sankirtana [distribuição de livros sobre a consciência de Krishna em lugares públicos], e a pessoa abordada me dava a resposta que eu necessitava escutar, ou quando me desanimava, “caía na mental”, sempre vinha uma boa alma e me dizia: “Que lindo trabalho você está fazendo aqui! É isso aí! Siga em frente! Necessitamos de mais pessoas como você!”.

Assim, Krishna vai guiando seu devoto. O mesmo se dá quando Krishna nos instrui a partir do coração, e ficamos confusos sem saber se é a mente ou se é realmente Krishna que está nos guiando. Poder perceber como Krishna está Se manifestando em cada momento, em cada situação, como Ele nunca nos abandona e sempre zela por nós, mesmo quando nós decidimos esquecê-lO, nos faz ver a grandeza de Seu amor. Saber que, quando estamos em maya, Krishna está lá conosco e nos entende, nos aceita como somos, com nossos condicionamentos e, sobretudo, sempre trata de resgatar-nos – Ele nunca desiste de nós em nenhum momento. Por vezes, vi como Krishna arranja as situações de tal maneira que nós possamos aprender algo, ou, para nos poupar de certos acontecimentos, minimiza o karma que deveríamos pagar, ou até mesmo transforma o nosso karma completamente.

O amor de Krishna por nós é tão grande que, quando nos conectamos com esse amor, experimentamos a perfeição máxima da vida, e é por isso que Krishna trata Seus devotos mesmo quando estejam cometendo atividades abomináveis – de modo que possam, de uma maneira ou outra, lembrarem-se dEle e, assim, gradualmente voltarem ao lar, voltarem ao Supremo.

(Jaya Gauranga Dasa, 30 anos, Monterrei, México)

“Destrói meus medos, e torno-me forte e mais convicta”.

O que mais me atrai em Krishna é a Sua parcialidade para com quem O serve com sinceridade. Exato! Parcialidade!

Mas Deus não deveria ser imparcial? Quando penso nisso, concluo que Ele é as duas coisas. Imparcial porque está acessível a todos. Parcial porque é nítida a reciprocidade amorosa de Krishna na relação que Ele estabelece com quem O serve com afeição sincera.

Essa parcialidade de Krishna, a mim, parece acolhedora e protetora. Consequentemente, esse acolhimento me enche de coragem e ousadia – destrói meus medos, e torno-me forte e mais convicta.

Não constato essa parcialidade somente na relação de confiança que construo com Krishna. Vejo-a exemplarmente nas relações construídas entre o Senhor Chaitanya e Seus seguidores íntimos, ao longo do Chaitanya-charitamrita. Também está evidente na relação entre Krishna e Arjuna, no Bhagavad-gita.

É isso. Atrai-me o acolhimento promovido pela parcialidade de Krishna na relação que Ele estabelece com quem O serve com afeição sincera. Experimentá-la torna-me convicta de que estou no caminho certo.

(Vanavihari Devi Dasi, 56 anos, Brasília, DF)

“Krishna deixa de ser um conceito e torna-Se uma realidade”.

O que mais me atrai em Krishna é o devoto de Krishna, principalmente o mestre espiritual. Descreve-se que Krishna possui infinitas qualidades e, por isso, é a personalidade mais atrativa que existe. Para mim, entretanto, considerando o estágio de progresso espiritual no qual me encontro, Krishna ainda parece um pouco distante, difícil de ser compreendido, o que dirá amado…

O mestre espiritual, porém, sendo o representante de Krishna, pode torná-lO compreensível a mim e, desse modo, impulsionar-me em Sua direção. Ao ouvir meu mestre espiritual falar sobre Krishna, tenho a sensação de que Ele deixa de ser um conceito teórico num livro antigo e torna-Se uma realidade muito próxima.

O mestre espiritual manifesta tantas qualidades maravilhosas que me inspiram a ser uma pessoa melhor – um devoto melhor, em última análise. Sem a ajuda do mestre espiritual, eu não seria capaz de buscar por Krishna. Portanto, sou profundamente grato a meu mestre espiritual e desejo servi-lo para sempre com sincera devoção amorosa, na esperança de que um dia Krishna aceite meu modesto serviço a Seu representante.

(Dhananjaya Dasa, 32 anos, Rio de Janeiro, RJ)

“Todo esforço de Krishna é para Ele render-Se às almas”.

O que mais me atrai em Krishna é, na relação com nós almas condicionadas, as tantas estratégias que Ele faz para nos resgatar, e, em relação às almas libertas, como Ele Se permite ser controlado por elas.

Estudando sobre a vida de Walter Lippman e Edward Bernays, tomei conhecimento de que tudo nas propagandas televisivas, de rádio etc. é diminutamente pensado para atrair o consumidor, eleitor ou público-alvo qualquer. As técnicas são sofisticadas, e incluem associar produtos a prazeres sexuais, a duração da propaganda ser o tempo de concentração da mente e assim por diante. Krishna, no entanto, tem muito mais técnicas do que o marketing mundano, e tudo o que Ele quer é nos atrair a Ele para o nosso próprio bem.

Por exemplo, para atrair os ateístas, Krishna Se disfarçou de Buddha, e, destarte, vários ateístas passaram a seguir o dharma, que geralmente é seguido pelos teístas apenas, e passaram a adorar Krishna, Deus, sem saberem disso. Krishna também, para atrair ao Bhagavad-gita pessoas sem interesse filosófico, o inseriu no Mahabharata, uma novela com sexo, tragédias e outras coisas que atraem o público em geral. Ao ser invejado por Se declarar o Deus Supremo e coisas similares, Krishna veio disfarçado de um devoto, Chaitanya Mahaprabhu, para falar a mesma coisa porém de forma que não despertasse inveja no ouvinte. Assim, sinto-me muito atraído ao pensar em como Krishna realmente Se dedica a pensar, com infinita criatividade, em como nos ajudar a voltarmos a Ele.

Quanto às almas libertas, como disse, encanta-me ver que todo esforço de Krishna para que as almas se rendam a Ele é simplesmente para Ele, então, render-Se às almas e deixar-Se ser controlado por elas. Deus não é o mais irado, nem o mais ciumento – é simplesmente alguém que reciproca com perfeição: “Você se rendeu a Mim, agora Me renderei a você”, e assim conhecemos o amor perfeito.

(Bhagavan Dasa, 28 anos, Juiz de Fora, MG)

“Ele é minha vela, meu timão, minha âncora”.

O que mais me atrai em Krishna é Seu poder de controlar tudo – Seu jeito de brincar, quando acho que estou no controle; Seu jeito de balançar, quando penso estar segura; Seu desejo de mostrar quem é que manda, quando penso ser a dona do “meu” pequeno mundo.

Ele é minha vela, meu timão, minha âncora. Onde quer que Ele assopre, navego no mar que for do Seu desejo, tortuoso ou brando, solitária ou em bando. Se for preciso virar um avião de papel, viro sem rodeios, me dobro para que Suas doces mãos possam se encarregar do rumo. Mas eu só tenho um desejo: que esse rumo seja em direção a um cortejo, um cortejo onde o Seu nome e Sua fama sejam mais altos que um som de um trovejar, e onde sejam mais proliferados que a poeira no vento. Esse é meu único sincero desejo.

(Indira Devi Dasi, 26 anos, Florianópolis, SC)

“Conhecendo Krishna, nada mais resta a ser conhecido”.

O que mais me atrai em Krishna é que quanto mais contemplamos Seus insondáveis mistérios, mais dos nossos próprios mistérios existenciais são desvendados. Quanto mais apreciamos Suas qualidades divinas, mais de nossas boas qualidades vêm à tona e somos capazes de percebê-las mais nitidamente nas pessoas ao nosso redor. E quanto mais O amamos, mais o nosso amor se expande para incluir todas as criaturas. Conhecendo Krishna, nada mais resta a ser conhecido.

(Guru-sevananda Dasa, 39 anos, São José dos Campos, SP)

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