Narada Visita os Dezesseis Mil Palácios de Krishna

-@ 27 R (história - Krishna) Narada Visita os Dezesseis Mil Palácios de Krishna (3200) (sankirtana) (bg) (ta)A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada
(capítulo 69 da obra Krishna, a Suprema Personalidade de Deus)

Em Dvaraka, Krishna residia com Suas dezesseis mil rainhas, cada uma das quais possuía um palácio próprio. Se neste ponto você imagina que tantas mulheres compartilhando um mesmo esposo com certeza eram carentes de atenção, você se surpreenderá com esta narrativa do Srimad-Bhagavatam.

Quando o grande sábio Narada ouviu que o Senhor Krishna tinha Se casado com dezesseis mil esposas depois que matara o demônio Narakasura, às vezes chamado Bhaumasura, ele ficou surpreso que o Senhor Krishna tivesse Se expandido em dezesseis mil formas e vivesse com essas esposas simultaneamente em palácios diferentes. Curioso por saber como Krishna estava administrando Seus assuntos domésticos com tantas esposas, Narada, desejando ver esses passatempos, foi visitar as diferentes residências de Krishna.

Quando Narada chegou a Dvaraka, viu jardins e parques plenos de diversas flores de várias cores e também pomares sobrecarregados com variadas frutas. Pássaros encantadores estavam gorjeando, e pavões cantavam alegremente. Havia lagos cheios de flores de lótus azuis e vermelhas, e alguns desses tanques estavam repletos de variedades de lírios. Os lagos estavam cheios de maravilhosos cisnes e garças, e as vozes desses pássaros ressoavam em todos os lugares.

Na cidade, havia 900 mil palácios extraordinários construídos de mármore de primeira classe, com portões e portas feitos de prata. Os pilares das casas e dos palácios haviam sido ornamentados com joias, tais como pedras filosofais, safiras e esmeraldas, e o assoalho emitia um brilho esplendoroso. As estradas, pistas, ruas, cruzamentos e feiras haviam sido todos formosamente decorados. A cidade inteira estava repleta de casas residenciais, assembleias, lojas e templos, todos de beleza arquitetônica variada. Tudo isso fazia de Dvaraka uma cidade brilhante. As espaçosas avenidas, cruzamentos, pistas e ruas, e também os umbrais de toda casa residencial, eram muito limpos. Em ambos os lados de todo o caminho havia arbustos e, a intervalos regulares, havia grandes árvores projetando sombras sobre as avenidas, de forma que os raios do Sol não incomodassem os transeuntes.

Nessa belíssima cidade de Dvaraka, o Senhor Krishna, a Suprema Personalidade de Deus, possuía muitos quarteirões residenciais. Os grandes reis e príncipes do mundo costumavam visitar esses palácios para adorá-lO. Os planos arquitetônicos foram feitos pessoalmente por Visvakarma, o engenheiro dos semideuses, e, na construção dos palácios, ele exibiu todos os seus talentos e toda a sua capacidade criativa. Esses quarteirões residenciais somavam mais de dezesseis mil, e uma diferente rainha do Senhor Krishna residia em cada um deles.

O grande sábio Narada entrou em uma dessas casas e viu que os pilares foram feitos de coral, e que os tetos haviam sido ornados com joias. As paredes, como também os arcos entre os pilares, resplandeciam devido às decorações de diversos tipos de safiras. Ao longo do palácio, havia inumeráveis pálios projetados por Visvakarma, que tinham sido decorados com fios de pérolas. As cadeiras e outras mobílias eram feitas de marfim e ornadas com ouro e diamantes, e lamparinas com incrustações de pedras preciosas dissipavam a escuridão dentro do palácio. Havia tanto incenso e goma aromática queimando que as perfumadas emanações estavam saindo pelas janelas. Os pavões sentados nos degraus ficavam inebriados pelas emanações, confundindo-as com nuvens, e começavam a dançar jubilosamente. Havia inumeráveis criadas, todas as quais estavam decoradas com colares de ouro, braceletes e primorosos sáris. Também havia muitos criados, bem vestidos com túnicas e turbantes e enfeitados com brincos valiosos. Bonitos como eles eram, os criados estavam todos ocupados em distintos afazeres domésticos.

Narada observou que o Senhor Krishna estava sentado com Rukminidevi, a proprietária daquele palácio em particular, que estava empunhando um abano chamara. Embora houvesse muitos milhares de criadas, igualmente belas, qualificadas e da mesma idade, Rukminidevi estava pessoalmente ocupada abanando o Senhor Krishna. Krishna é a Suprema Personalidade de Deus, adorado até mesmo por Narada, apesar do que, assim que Krishna avistou Narada entrando no palácio, levantou-Se do leito de Rukmini e postou-Se para honrá-lo. O Senhor Krishna é o mestre do mundo inteiro e, para instruir a todos sobre como respeitar uma pessoa santa como Narada Muni, curvou-Se tocando Seu elmo no solo. Krishna não apenas curvou-Se, mas também tocou os pés de Narada e, de mãos postas, pediu-lhe que se sentasse na cadeira dEle.

O Senhor Krishna é a Personalidade Suprema, adorada por todos os devotos. Ele é o mais adorável mestre espiritual de todo o mundo. A água do Ganges que emana dos Seus pés santifica os três mundos. Todos os brahmanas qualificados adoram-nO, em razão do que Ele é chamado de brahmanya-deva. Brahmanya significa “aquele que possui completamente todas as qualificações bramânicas”, as quais, é dito, são as seguintes: veracidade, autocontrole, pureza, domínio dos sentidos, simplicidade, conhecimento pleno através da aplicação prática e compromisso com o serviço devocional. O Senhor Krishna possui todas essas qualidades e é adorado por pessoas que possuem tais qualidades. Há milhares e milhões de nomes do Senhor Krishna – Vishnu-sahasra-nama – e todos esses são dados a Ele por causa das Suas qualidades transcendentais.

O Senhor Krishna em Dvaraka desfrutava os passatempos de um ser humano perfeito. Portanto, quando Ele lavou os pés do sábio Narada e levou a água à Sua cabeça, Narada não objetou, sabendo bem que o Senhor assim o fizera para ensinar a todos como respeitar as pessoas santas. A Suprema Personalidade de Deus, Krishna, que é o Narayana original e o amigo eterno de todas as entidades vivas, assim reverenciou o sábio Narada conforme os princípios reguladores védicos. Dando-lhe boas-vindas com palavras doces e nectáreas, Ele dirigiu-Se a Narada como bhagavan, ou aquele que é autossuficiente e possui todo conhecimento, renúncia, força, fama, beleza e outras opulências semelhantes. Ele perguntou especificamente a Narada: “O que posso fazer em seu serviço?”.

Narada respondeu: “Meu querido Senhor, esse tipo de comportamento por Sua Onipotência não é de forma alguma surpreendente, porque Você é a Suprema Personalidade de Deus e mestre de todas as espécies de entidades vivas. Você é o amigo supremo de todas as entidades vivas, mas, ao mesmo tempo, é o castigador supremo dos descrentes e invejosos. Eu sei que Sua Onipotência desceu à Terra para a manutenção apropriada do universo inteiro. Então, Seu aparecimento não é forçado por qualquer outra razão. Apenas por Sua pura vontade, Você concorda em aparecer e desaparecer. É minha grande fortuna que eu pude ver Seus pés de lótus hoje. Qualquer um que esteja apegado a Seus pés de lótus é elevado à posição suprema de neutralidade e não se contamina pelos modos materiais da natureza. Meu Senhor, Você é ilimitado – não há nenhum limite para Suas opulências. Grandes semideuses como o Senhor Brahma e o Senhor Shiva estão sempre ocupados em colocá-lO dentro dos seus corações e em meditar em Você. As almas condicionadas, que foram agora postas no poço escuro da existência material, só podem sair desse cativeiro eterno aceitando os Seus pés de lótus. Assim, Você é o único abrigo de todas as almas condicionadas. Meu querido Senhor, Você me perguntou muito gentilmente o que pode fazer por mim. Em resposta a essa pergunta, simplesmente oro para que eu nunca me esqueça de Seus pés de lótus em momento algum. Não me preocupo onde eu possa estar, mas suplico que me seja constantemente permitido lembrar-me de Seus pés de lótus”.

Pedindo essa bênção ao Senhor, o sábio Narada mostrou a oração ideal de todos os devotos puros. Um devoto puro nunca pede qualquer tipo de bênção material ou espiritual do Senhor; seu único pedido é que não se esqueça dos pés de lótus do Senhor em qualquer condição de vida. Um devoto puro não se preocupa se ele é posto no céu ou no inferno; ele fica satisfeito em qualquer lugar, contanto que ele constantemente possa se lembrar dos pés de lótus do Senhor. O Senhor Chaitanya ensinou esse mesmo processo de oração em Seu Siksastaka, no qual Ele enunciou claramente que tudo que Ele queria era serviço devocional, nascimento após nascimento. Um devoto puro não deseja nem mesmo parar a repetição de nascimento e morte. Para um devoto puro, não importa se ele tem que nascer novamente nas várias espécies de vida. Sua única ambição é não se esquecer dos pés de lótus do Senhor em qualquer condição de vida.

Depois de partir do palácio de Rukmini, Naradaji desejou ver outras atividades da potência interna do Senhor Krishna, yogamaya. Assim, ele entrou no palácio de outra rainha. Lá, viu o Senhor Krishna jogando xadrez com Sua querida esposa e Uddhava. O Senhor automaticamente levantou-Se de Seu assento pessoal e convidou Narada Muni a se sentar ali. O Senhor novamente o adorou com tanta parafernália de recepção quanto Ele usara no palácio de Rukmini. Depois de adorá-lo corretamente, o Senhor Krishna agiu como se não soubesse o que acontecera no palácio de Rukmini. Então, Ele falou a Narada: “Meu querido sábio, quando Sua Santidade vem aqui, você está pleno em si mesmo. Embora nós sejamos chefes de família sempre em necessidade, você não necessita da ajuda de ninguém, porque é autossatisfeito. Considerando as circunstâncias, que recepção podemos oferecer-lhe e o que podemos dar-lhe possivelmente? Não obstante, dado que Sua Santidade é um brahmana, é nosso dever oferecer-lhe algo. Em vista disso, imploro que, por gentileza, ordene-Me. O que posso fazer por você?”.

Naradaji sabia tudo acerca dos passatempos do Senhor, então, sem discussão adicional, simplesmente deixou o palácio silenciosamente, deveras admirado com as atividades do Senhor. Ele, em seguida, entrou em outro palácio. Desta vez, Naradaji viu que o Senhor Krishna estava ocupado como um pai afetuoso acariciando Seus filhos pequenos. De lá, ele entrou em outro palácio e viu o Senhor Krishna preparando-Se para tomar Seu banho. Dessa maneira, o santo Narada entrou em cada um dos dezesseis mil palácios residenciais das rainhas do Senhor Krishna e, em cada um deles, encontrou Krishna ocupado de modos diferentes.

Em um palácio, ele encontrou Krishna oferecendo oblações ao fogo de sacrifício e executando as cerimônias ritualísticas dos Vedas – como se ordena aos chefes de família. Em outro palácio, ele encontrou Krishna executando o sacrifício de pañca-yajña, que é compulsório para um pai de família. Esse yajña também é conhecido como pañca-suna. Com ou sem conhecimento, todos, especialmente o pai de família, cometem cinco tipos de atividades pecaminosas. Quando obtemos água de um cântaro, nós matamos muitos germes que estão presentes na água. Da mesma forma, quando usamos uma máquina moedora ou ingerimos algum tipo de comida, matamos incontáveis germes. Quando varremos o chão ou acendemos um fogo, matamos inumeráveis germes, e, quando caminhamos na rua, exterminamos muitas formigas e outros insetos. Consciente ou inconscientemente, em todas as nossas diferentes atividades, estamos matando algum ser vivo. Logo, é obrigatório a todos os chefes de família executar o sacrifício pañca-suna a fim de se libertar das reações de tais atividades pecaminosas.

Em uma residência, Narada se deparou com o Senhor Krishna alimentando os brahmanas depois de executar yajñas ritualísticos. Em outro palácio, Narada encontrou Krishna cantando o mantra Gayatri silenciosamente, e, em um terceiro, ele O encontrou praticando luta com uma espada e um escudo. Em alguns palácios, o Senhor Krishna foi visto montando cavalos e elefantes ou andando em quadrigas de um lado a outro. Em outro palácio, estava deitado no Seu leito em repouso e, em outro lugar, foi encontrado sentado em Sua cadeira, sendo louvado pelas orações dos Seus diversos devotos. Em alguns dos palácios, foi observado consultando-Se com ministros como Uddhava acerca de importantes assuntos de negócio. Em um palácio, foi avistado cercado por muitas mocinhas da sociedade desfrutando em uma piscina. Em outro palácio, foi encontrado dando vacas bem decoradas em caridade aos brahmanas, e, em outro, encontrava-Se ouvindo as narrações dos Puranas e histórias, como o Mahabharata, que são obras adicionais para a disseminação do conhecimento védico para as pessoas comuns por meio das narrações de importantes episódios da história do universo. Em algum outro local, o Senhor Krishna foi visto desfrutando a companhia de uma esposa específica, trocando palavras de gracejo com ela. Em outro lugar, Ele foi avistado empenhado com Sua esposa em funções religiosas ritualísticas. Como é necessário para os pais de família aumentar os recursos financeiros destinados às várias despesas, Krishna foi encontrado empenhado em assuntos de desenvolvimento econômico em outro lugar. Algures, foi avistado desfrutando a vida familiar de acordo com os princípios reguladores dos shastras.

Em um palácio, foi encontrado sentado em meditação, como se estivesse concentrando Sua mente na Suprema Personalidade de Deus, que está além destes universos materiais. Meditação, como recomendada em escritura autorizada, destina-se a concentrar a mente na Suprema Personalidade de Deus, Vishnu. O Senhor Krishna é o próprio Vishnu original, mas, porque Ele encenou o papel de um ser humano, Ele nos ensinou definitivamente, pelo Seu comportamento pessoal, qual é o significado de meditação. Em algum lugar, o Senhor Krishna foi encontrado satisfazendo os anciãos superiores, provendo-os com coisas que eles precisavam. Em algum outro lugar, Naradaji achou o Senhor Krishna discutindo de tópicos de luta e, em outro lugar, fazendo as pazes com inimigos. Em alguma parte, o Senhor Krishna foi avistado discutindo a atividade auspiciosa última para toda a sociedade humana com Seu irmão mais velho, o Senhor Balarama. Narada viu o Senhor Krishna ocupado na obtenção de noivas e noivos adequados para Seus filhos e filhas desposarem no seu devido tempo, e cerimônias de casamento estavam sendo executadas com grande pompa. Em um palácio, o Senhor foi observado dando adeus às Suas filhas e, em outro, foi encontrado recebendo uma nora. As pessoas por toda a cidade ficavam perplexas ao verem tanta pompa e tantas cerimônias.

Em algum lugar, o Senhor foi visto executando diferentes tipos de sacrifícios para satisfazer os semideuses, os quais são apenas Suas expansões qualitativas. Em outra parte, foi visto empenhado em atividades de bem-estar público, estabelecendo poços fundos para a provisão de água, casas de repouso e jardins para convidados desconhecidos e grandes monastérios e templos para pessoas santas. Esses são alguns dos deveres prescritos nos Vedas para os pais de família para a realização dos seus desejos materiais. Em algum local, Krishna foi observado como um rei kshatriya ocupado na caça de animais na floresta, montado num primoroso cavalo sindhi. De acordo com os regulamentos védicos, os kshatriyas tinham permissão para matar determinados animais em certas ocasiões, quer para manter a paz nas florestas, quer para oferecer os animais no fogo do sacrifício. Aos kshatriyas, é permitido praticar essa arte de matança porque eles têm de eliminar, sem misericórdia, os inimigos para a preservação da paz na sociedade. Em certa situação, o grande sábio Narada viu o Senhor Krishna, a Suprema Personalidade de Deus e mestre de poderes místicos, agindo como um espião, mudando Suas vestes habituais a fim de entender o que querem os diferentes cidadãos na cidade e nos palácios.

O santo Narada viu todas essas atividades do Senhor, que é a Superalma de todas as entidades vivas, mas que representava o papel de um ser humano comum para manifestar as atividades da Sua potência interna. Sorrindo interiormente, Narada dirigiu-se ao Senhor com as seguintes palavras: “Meu querido Senhor de todos os poderes místicos, objeto da meditação de grandes místicos, a extensão de Seu poder místico é certamente inconcebível, até mesmo para místicos como o Senhor Brahma e o Senhor Shiva. Contudo, mediante Sua misericórdia, por causa de meu eterno comprometimento no transcendental serviço amoroso a Seus pés de lótus, Sua Onipotência, muito amavelmente, tem me revelado as ações de Sua potência interna. Meu querido Senhor, Você é adorável por todos, e os semideuses e as deidades predominantes de todos os quatorze sistemas planetários estão completamente cientes de Sua fama transcendental. Agora, por favor, conceda-me Suas bênçãos de forma que eu possa viajar pelos universos e cantar as glórias de Suas atividades transcendentais por toda parte”.

A Suprema Personalidade de Deus, o Senhor Krishna, respondeu a Narada como segue: “Meu querido Narada, ó sábio entre os semideuses, você sabe que Eu sou o instrutor supremo e seguidor perfeito de todos os princípios religiosos, bem como o supremo apoiador de tais princípios. Portanto, encontro-Me pessoalmente executando tais princípios religiosos para ensinar ao mundo inteiro como agir. Meu querido filho, é Meu desejo que você não se confunda por tais demonstrações de Minha energia interna”.

A Suprema Personalidade de Deus estava comprometido nos Seus ditos negócios do lar para instruir as pessoas em relação a como alguém pode santificar a sua vida doméstica embora esteja atado ao enredamento da existência material. De fato, a pessoa é obrigada a continuar o curso da existência material devido à vida doméstica. Não obstante, o Senhor, sendo muito amoroso com os pais de família, demonstrou o caminho para santificar a vida doméstica comum. Porque Krishna é o centro de todas as atividades, a vida de um pai de família consciente de Krishna é transcendental às injunções védicas e é automaticamente santificada.

Assim, Narada viu um único Krishna vivendo em dezesseis mil palácios por intermédio de Suas expansões plenárias. Devido à Sua inconcebível energia, Ele era visível no palácio de cada uma das rainhas. O Senhor Krishna tem poder ilimitado, e a surpresa de Narada foi ilimitada ao observar a demonstração da energia interna do Senhor Krishna repetidas vezes. O Senhor Krishna comportou-Se através de Seu exemplo pessoal como se Ele estivesse muito apegado aos quatro princípios da vida civilizada, isto é, religião, desenvolvimento econômico, gozo dos sentidos e salvação. Esses quatro princípios da existência material são necessários para o avanço espiritual da sociedade humana, e, embora o Senhor Krishna não tivesse nenhuma necessidade para assim proceder, Ele exibiu Suas atividades domésticas de forma que pudéssemos seguir Seus passos, objetivando nosso próprio interesse. O Senhor Krishna agradou o sábio Narada em todos os aspectos. Narada ficou satisfeitíssimo vendo as atividades do Senhor em Dvaraka e, assim, ele partiu.

Ao narrar as atividades do Senhor Krishna em Dvaraka, Shukadeva Gosvami explicou ao rei Parikshit como o Senhor Krishna, a Suprema Personalidade de Deus, vem a este universo material pela ação da Sua potência interna e pessoalmente exibe os princípios que, caso seguidos, podem conduzir a pessoa à obtenção da meta última da vida. Todas as rainhas em Dvaraka, mais de dezesseis mil em número, ocuparam suas atraentes características femininas no serviço transcendental ao Senhor, sorrindo e servindo, e o Senhor ficou satisfeito por comportar-Se com elas precisamente como um marido perfeito que desfruta a vida doméstica. Deve-se entender que tais passatempos não podem, em absoluto, ser executados por ninguém senão o Senhor Sri Krishna, que é a causa original da criação, manutenção e dissolução da manifestação cósmica inteira. Qualquer um que atentamente ouvir falar das narrações dos passatempos do Senhor em Dvaraka, ou auxiliar um pregador do movimento para a consciência de Krishna, certamente achará muito fácil atravessar o caminho da liberação e provar o néctar dos pés de lótus do Senhor Krishna. E assim ele se ocupará no serviço devocional do Senhor Krishna.

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Uma resposta

  1. Mahadev Dasa

    Maravilhoso! Meu coração pulou de alegria!

    30 de março de 2015 às 11:39 AM

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